quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cuidado com automedicação: uso de medicamentos sem orientação médica coloca pacientes em risco


Você tem aquela famosa farmácia particular em casa? E no primeiro mal-estar, faz o quê? Toma remédio? Pois saiba que essa prática é arriscada, ainda mais nesta época, com numerosos casos de dengue na região. Os medicamentos podem mascarar os sintomas. E aí o tratamento pode começar tarde demais.

Tânia sempre acreditou que a saúde dela estava garantida dentro da bolsa. Só que ela descobriu da pior forma o efeito de usar um remédio sem antes ir ao médico. Foi parar no hospital depois de tomar dois comprimidos de um relaxante muscular. “Acordei super tensa, toda torta, contraída. Meus músculos estavam tensos. O problema que eu tinha era estresse. A medicação piorou”, conta a empresária Tânia Ferreira.

Esse é um o risco real. “É uma loteria perigosa. Se a pessoa tem uma crise alérgica, ela toma o remédio e isso desencadeia uma crise alérgica, como uma laringite”, explica a médica Rosângela Araújo.

Para o Conselho Regional de Farmácia, as leis que regulam a venda de remédios e a mania da população de se automedicar, colocam os remédios em primeiro lugar como causa de intoxicação no país. “A automedicação é combatida na farmácia com orientação farmacêutica. Nós temos a figura do farmacêutico para orientar a população, como deve ser tomado o medicamento”, diz André Santos, diretor regional do CRF-RJ.

Analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios. Remédios que hoje podem ser vendidos em farmácias sem nenhuma orientação médica, o que não significa que eles são inofensivos. Além de reações inesperadas o uso combinado deles pode anular o efeito de um, potencializar o efeito de outro e até agravar uma doença.

O uso de determinados medicamentos é extremamente perigosos para alguém que está com o vírus da dengue. “A pessoa pode ter a situação complicada, causando a dengue hemorrágica, ainda mais complicada”, diz Rosângela Araújo.

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